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Mostrando postagens de 2009

200inove ---> 2000 e 10

Pois é, 2009 está acabando... já! Tirando o mês de outubro (digno de uma tartaruga andando para trás), o ano vai chegando ao fim. E, enfim, posso dizer que tive um ano que, pro bem e pro mal, valeu viver. 2009 foi alegre ao extremo, triste ao extremo, surpreendente, monótono, despreocupado, sorridente, arriscado, diverso, plural. Deste ano riquíssimo, algumas observações: - Comece o ano em festa, seja coletiva ou individual. Acho que foi isso que deu certo. - "Alegria, era o que faltava em mim...." *tenha trilha sonora ao longo da vida* - Não tem bem maior do que cultivar amigos. Simples. São como família que se escolhe. Ou são como família que se torna mais família ainda. Amei muito a todos esse ano, e lamentei aqueles que estavam distantes. - Viajar é bom demais! Só temos que resolver agora o problema da falta de grana. - Conheça Minas. E se você for ao Ceará, me leva. =D - Descobrir é algo curioso. Não é? - Chorar é normal. Desde que não te leve ao desespero. - E quando se
"Quando ela escreve" se assume completamente como tal, agora até no endereço. Como no início não tinha certeza do nome que iria dar ao blog, resolvi colocar um genérico. E aproveitando a sutil mudança, vou falar um pouco do nome. O motivo de eu ter escolhido esse nome, de forma direta e sem história frufru, é devido a uma música que ouvia exatamente no momento da escolha, chamada Quando Ela Fala . Na verdade, trata-se de um poema de Machado de Assis transformado em música por Carlos Lyra e cantado, na minha casa, pelo grupo Boca Livre. Nele, o eu-lírico relata as sensações e desejos que sente quando sua bela moça fala. E eu, sem estabelecer nenhuma relação com os encantos da moça do poema, fiquei com o verso-e-título na cabeça e o adaptei para a situação em que me encontro no blog, a de escritora. De início era bem provisório, nem tinha curtido tanto. Mas depois, comecei a achar interessante pensar no que acontece quando escrevo. Não tanto com os outros, mas comigo principal

Entre festa e paixão carioca, a Educação não vale nada.

Hoje, 4 de outubro, meu pai estava assistindo ao Globo Esporte (é esse o que passa todo domingo na Globo?) que, é claro, não cansava de bajular nosso país e povo perfeitos e superiores em simpatia e paixão, devido à vitória na escolha da sede para as Olimpíadas de 2016. Apesar de não ligar muito para esportes - e muito menos para programas esportivos dominicais - parei para assistir ao vídeo feito por Fernando Meirelles, que ainda não tinha visto (e que, confesso, estava muito curiosa para assistir). Não vou aqui entrar na questão se a escolha do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas foi boa ou ruim. Tenho sentimentos mistos sobre isso, apesar de ser muito forte a noção de despreparo dessa política corrupta e sangue-suga de dinheiro público, que festeja a vinda de milhões que infelizmente tem todas as chances de irem para o bolso de "alguéns", assim como serem subutilizados. Vou falar de uma reportagem que veio após todo o envolvimento emocional das Olimpíadas. Fizeram uma

Moviolando...

Reuniões e mais reuniões para decidir o cronograma, quem vai ficar com o que, prazos e datas e outras coisinhas. Aí, começa o trabalho. E as despesas. E o estresse. Produzir requer nervos de aço. De início, hora de conseguir apoio. E não é que conseguimos? Depois é pensar em material gráfico, em divulgação, equipe de voluntários. E reuniões, reuniões, reuniões. E os emails? Intermináveis! Brotam como cupim voador no verão. São horas dedicadas ao projeto. Horas que eram pra ele mesmo, e outras que deveriam ser para outras coisas. Mas ele exige atenção, quase que exclusiva. Andanças, ligações, conversas. Siso extraído do meio da loucura rendem uma boca doendo no final do dia, depois de tanto falar. As inscrições começam. E daí vem o nervosismo e a espera pelo primeiro formulário preenchido. Ele vem, e é seguido por outros. Alguns outros... e outros. E é aí que está o ar para respirarmos no meio de tudo. As respostas positivas. As palavras carinhosas, o retorno das escolas. A atenção em n

A Infância na Ponta dos Pés

Hoje vi uma cena no metrô que me deixou intrigada, e que, de certa forma, me incomodou. Estava eu no meu canto no vagão lendo uma revista a caminho do Largo do Machado. Até que umas 3, 4 estações antes, entra uma senhora e sua neta. Até aí, nada demais, até que meu olhar um tanto curioso me fez observar aquela menininha. A princípio, tudo normal. Menina bonita, por volta dos 9 anos. Imaginei que estava curtindo uma bela manhã na companhia da avó, já que as aulas ainda não começaram. De repente um celular toca. Era o dela, menininha de 9 anos. Ela, rapidamente, retira o aparelho da bolsa e atende. Parecia ser sua mãe do outro lado. E foi neste momento, ao observar a cena, que algo me pareceu deslocado. Primeiramente, o jeito dela de atender o celular. Após retirá-lo da bolsa, abre o flip do aparelho, joga seus cabelos soltos um pouco para trás, tirando-os de seus ouvidos, e atende a mãe com um tom adulto em sua voz. E desta maneira flui toda a conversa. Mas não era só sua voz, também ha

Bofetadas e Catarse em Horário Nobre

Não é de hoje que as novelas, principalmente as das 20h (ou 21h, embora o antigo horário ainda seja a referência em nossas cabeças), têm se repetido muito. Faz tempo que não acompanho uma capítulo a capítulo, mas também é impossível não saber o que está acontecendo: romances, traições, culturas diferentes, viagens caras e acessíveis (mundo incrível, não?), abordagem de algum problema social, entre outros temas frequentes. Mas eu tenho notado que uma característica tem conquistado um espaço bom e esperado pelo público: o espancamento. Lembro-me de Celebridades, com a Maria Clara Diniz (Malu Mader) e Laura (Cláudia Abreu), inimigas mortais que viviam se enfrentando, onde a mocinha (a produtora de shows Maria Clara que de forma, digamos, muito "natural", trazia para o Brasil uma estrela internacional por semana) era vitima de toda a inveja e maldades da vilã Laura, que queria ter o reconhecimento de "musa inspiradora" de uma música, que não me recordo de ter ouvido du

Quereres

Já quiseram ser outra pessoa? Já quiseram ser mais do que você é? No momento, queria ter mais conhecimentos. Queria ter disposição para as dificuldades. Queria ter coragem diante dos medos. Queria já ter lido todos os livros que anotei em meus papéis, os quais nem sequer comprei ou comecei. Queria ter aceitado propostas e chances que não aceitei. Queria ter conhecido pessoas diversas, de outras culturas, origens, pensamentos. Queria ter uma causa pela qual lutar. Queria ter escrito todos os textos que se iniciaram em minha mente, mas que por dificuldades práticas não se concretizaram. Queria ter sido incentivada a tocar piano quando pequena. Queria ter sido mais madura quando entrei na faculdade. Queria tanto conhecer novas pessoas! Queria também que alguns dos conhecidos que conheci por aí se tornassem mais próximos. Queria não ter preguiça. Queria ter a capacidade de me concentrar. Queria me sentir natural em situações desafiadoras. Queria ter ouvido mais músicas. Queria tanto conhec

Sentimentos...

No momento vou me desprender do que pode ser injustiça, da opinião dos outros, ou até do que pode ser a realidade. E não quero aqui dar uma de "ah, tadinha" nem nada. Pra começar: estou muito bem. ----- Me sinto sozinha. Em todos os momentos me encontro cercada de pessoas. Amigos queridos, familiares, conhecidos, transeuntes. Vejo rostos, rio, ouço histórias. Mas, ao mesmo tempo, surge uma incrível sensação de solidão. Pode parecer injustiça, e não estou reclamando de ninguém aqui. Mas é um sentimento que surge de forma involuntária. No final de tudo, acaba sendo eu e eu. Vou e volto de ônibus, ando de barca, vou ao cinema, fico em meu quarto, descubro livros e músicas, vejo dias bonitos, chego à conclusões. Sozinha. Não tenho problemas em estar comigo mesma, costumo curtir a minha companhia com prazer. Mas tem horas que um só não basta. Há a necessidade de dividir, de compartilhar. Sinto a falta de um complemento durante algumas dessas lacunas da rotina. Dentro de mim mesma,

Now, it really doesn't matter, Michael...

Sim, vou ser mais uma a falar dele. Mas convenhamos, não tem como ser diferente. A gente só tem noção do real valor das pessoas quando as perdemos. Essa semana o mundo da música sofreu uma grande perda com a morte de Michael Jackson. Artista genial que revolucionou o cenário pop, inaugurou diversas tendências com suas danças, música e estilo. A era do videoclipe é, sem dúvida, marcada pelo que veio antes e depois de Thriller . Inovava desde criança ao liderar seus irmãos mais velhos, não com música e postura infantis, mas como alguém que dominava uma genialidade absurda, a qual se desenvolveu na idade adulta, porém mantendo a mesma intensidade. E no dia 25 de junho de 2009, ele morre. E assim como ele nos surpreendeu com sua música, ele nos surpreende com seu desaparecimento. Lendo textos, entrevistas, e depoimentos, parece que todos ficaram um pouco desnorteados. Pois é, até reis morrem. E, de repente, vem a lembrança de que o cantor Michael Jackson existia. Em horas, suas músicas são

Outono

Bom, como já disse, não sou escritora. Mas como sempre fui muito reservada, de vez em quando escolhia o papel e as palavras para dividir alguns pensamentos. Entretanto, nunca os divulguei. Mas agora o post vai ser com um texto antigo, de 2005, quando ainda morava em Cabo Frio. Ele vem como uma despedida de um dos momentos que mais gosto e espero durante o ano: o outono. É engraçado reler esse texto e ver como ele é cheio de exageros. Mas também perceber como esses exageros ainda são reais em mim. Bom, com muita vergonha e frio na barriga (rsrs), aí está. ---- Há um momento para ser feliz. É quando os vento sopram com intensidade; quando as folhas se chocam entre si e produzem aquele leve som de vida; é quando o sol brilha e ilumina tudo e todos de forma singular. Ilumina e não fere. É quando o azul do céu ganha um tom único, lindo e indescritível. Aliás, tudo se torna indescritível quando o outono chega. Que alegria essa estação me traz! É um sentimento de leveza e de esperança. Tudo

São João del Rei

A primeira coisa que chamou sua atenção foi o cheiro de interior. Aroma de terra, mato e tranquilidade, tudo junto, desde a bela estrada de curvas maliciosas, que embalavam seus visitantes. Depois do cheiro, vem a trilha sonora. Um encantador silêncio que tomava seu corpo e alma, mesmo com todos os barulhos das pessoas circulando e dos carros que desafiavam o pouco espaço da cidade. O ritmo lento, a calma com que o sol queimava, como se não tivesse pressa, trazia-lhe o silêncio. E com isso, veio a estranha sensação de lar. Os sorrisos a recebiam em cada porta, assim como o falar demorado, arrastado, esticado, como se tivesse preguiça. As pequenas gentilezas banhavam seu olhar, enquanto ela os observava, como alguém que gostaria de reaprender a ser humano. Um sentimento de nostalgia de algo que não viveu a encontrava em cada esquina de chão de paralelepípedo. Era o passado que desenhava as casas, as lojas, as histórias e as badaladas dos 14 sinos, que levavam a cidade como um maestro le

Liberdade

"... essa palavra que o sonho humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda..." (Romanceiro da Inconfidência - Cecília Meireles) A imagem "braços abertos" também é a primeira coisa que aparece na mente quando se ouve esta palavra?

Esperança?

Vivo na indecisão dos sonhos e das reais possibilidades. Da felicidade através da esperança e da angústia de possíveis frustrações por ela gerada. É um sim e um não que me movem e me travam. É um querer e não querer. É um não entender o porquê do desejo da expectativa poder gerar alegrias e frustrações. É sonhar com as primeiras e temer as segundas. Tenho a consciência de que o céu e o centro da terra (não acredito em inferno) são possibilidades, mas como não esperar sempre o céu? A gente acorda, o mundo gira, fazemos plano por termos esperança. Vamos em frente porque projetamos. Se não, paramos. Ou não? Confunde-me a idéia de que não esperar é mais seguro, pois o lucro levaria ao êxtase e a frustração, ao mesmo estado do início, simplesmente. Afinal, dormimos porque esperamos acordar amanhã. Ou não? (Angustia) Saber lidar com as frustrações talvez seja a condição para se ter esperança. Mas... maldita condição! Que ser foi preparado pra isso? Esperar por algo me entristece constantemen

Tanta toada eu trago na viola...

Essa semana tive a felicidade de assistir a dois shows maravilhosos: Sá, Rodrix e Guarabyra (CCBB) e Boca Livre (BNDES). E o melhor, o primeiro a R$3 e o segundo a R$0800 (ê, coisa boa...)! Pra quem não conhece, os primeiros pertencem ao chamado "rock rural" e possuem vários sucessos como Dona, Roque Santeiro, Mestre Jonas, Sobradinho, além de diversas colaborações, como a do Rodrix em Casa no Campo. Já o segundo é um grupo vocal que começou ainda na década de 70, responsável por Toada e Quem Tem a Viola. Ambos os shows me emocionaram muito, mas o do Boca Livre de forma um pouquinho mais especial devido a qualidade vocal dos quatro integrantes. O cenário musial possui músicos e cantores maravilhosos, mas que se inserem em um contexto onde há também muita artificialidade. Hoje, "ser cantor" é pra quem quer. Se Maria Bethânia e Aretha Franklin são, Paris Hilton e as "frutas" do funk também se consideram (e são consideradas por alguns - ou até muitos!). Há di

Dia bom

Felicidade em um céu azul, felicidade quando o time ganha, felicidade no alívio, felicidade no encontro. Felicidade na brincadeira, felicidade de um almoço gostoso, felicidade na sobremesa, felicidade em descansar. Felicidade na música, felicidade no canto, felicidade no banho longo, felicidade nos planos. Felicidade em sentir frio, felicidade em conversar, felicidade em palhaçadas, felicidade em forma de notícia. A felicidade vem em pequenas e sutis doses durante o dia. É só não ignorarmos.

A primeira vez...

Chega a ser engraçado começar esse blog. Já foram tantas tentativas, nunca tive coragem de continuar. Este eu crio com um pouco mais de certeza, mas não sei ela vai ser suficiente. Não sou escritora, não me vejo com vocação para isso, mas um tantinho de inveja (branca! Sempre branca...) daqueles que escrevem e que acompanho sempre me instigaram a ter um blog. E de tanta provocação, eis que ele nasce. Enfim, sem pretensões artísticas, filosóficas, sentimentais, críticas etc etc, talvez até seja um pouquinho disso tudo, mas, no fundo, não passará de tolices da minha cabeça. Abraços!