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Mostrando postagens de agosto, 2009

A Infância na Ponta dos Pés

Hoje vi uma cena no metrô que me deixou intrigada, e que, de certa forma, me incomodou. Estava eu no meu canto no vagão lendo uma revista a caminho do Largo do Machado. Até que umas 3, 4 estações antes, entra uma senhora e sua neta. Até aí, nada demais, até que meu olhar um tanto curioso me fez observar aquela menininha. A princípio, tudo normal. Menina bonita, por volta dos 9 anos. Imaginei que estava curtindo uma bela manhã na companhia da avó, já que as aulas ainda não começaram. De repente um celular toca. Era o dela, menininha de 9 anos. Ela, rapidamente, retira o aparelho da bolsa e atende. Parecia ser sua mãe do outro lado. E foi neste momento, ao observar a cena, que algo me pareceu deslocado. Primeiramente, o jeito dela de atender o celular. Após retirá-lo da bolsa, abre o flip do aparelho, joga seus cabelos soltos um pouco para trás, tirando-os de seus ouvidos, e atende a mãe com um tom adulto em sua voz. E desta maneira flui toda a conversa. Mas não era só sua voz, também ha

Bofetadas e Catarse em Horário Nobre

Não é de hoje que as novelas, principalmente as das 20h (ou 21h, embora o antigo horário ainda seja a referência em nossas cabeças), têm se repetido muito. Faz tempo que não acompanho uma capítulo a capítulo, mas também é impossível não saber o que está acontecendo: romances, traições, culturas diferentes, viagens caras e acessíveis (mundo incrível, não?), abordagem de algum problema social, entre outros temas frequentes. Mas eu tenho notado que uma característica tem conquistado um espaço bom e esperado pelo público: o espancamento. Lembro-me de Celebridades, com a Maria Clara Diniz (Malu Mader) e Laura (Cláudia Abreu), inimigas mortais que viviam se enfrentando, onde a mocinha (a produtora de shows Maria Clara que de forma, digamos, muito "natural", trazia para o Brasil uma estrela internacional por semana) era vitima de toda a inveja e maldades da vilã Laura, que queria ter o reconhecimento de "musa inspiradora" de uma música, que não me recordo de ter ouvido du