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Mostrando postagens de maio, 2009

São João del Rei

A primeira coisa que chamou sua atenção foi o cheiro de interior. Aroma de terra, mato e tranquilidade, tudo junto, desde a bela estrada de curvas maliciosas, que embalavam seus visitantes. Depois do cheiro, vem a trilha sonora. Um encantador silêncio que tomava seu corpo e alma, mesmo com todos os barulhos das pessoas circulando e dos carros que desafiavam o pouco espaço da cidade. O ritmo lento, a calma com que o sol queimava, como se não tivesse pressa, trazia-lhe o silêncio. E com isso, veio a estranha sensação de lar. Os sorrisos a recebiam em cada porta, assim como o falar demorado, arrastado, esticado, como se tivesse preguiça. As pequenas gentilezas banhavam seu olhar, enquanto ela os observava, como alguém que gostaria de reaprender a ser humano. Um sentimento de nostalgia de algo que não viveu a encontrava em cada esquina de chão de paralelepípedo. Era o passado que desenhava as casas, as lojas, as histórias e as badaladas dos 14 sinos, que levavam a cidade como um maestro le

Liberdade

"... essa palavra que o sonho humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda..." (Romanceiro da Inconfidência - Cecília Meireles) A imagem "braços abertos" também é a primeira coisa que aparece na mente quando se ouve esta palavra?

Esperança?

Vivo na indecisão dos sonhos e das reais possibilidades. Da felicidade através da esperança e da angústia de possíveis frustrações por ela gerada. É um sim e um não que me movem e me travam. É um querer e não querer. É um não entender o porquê do desejo da expectativa poder gerar alegrias e frustrações. É sonhar com as primeiras e temer as segundas. Tenho a consciência de que o céu e o centro da terra (não acredito em inferno) são possibilidades, mas como não esperar sempre o céu? A gente acorda, o mundo gira, fazemos plano por termos esperança. Vamos em frente porque projetamos. Se não, paramos. Ou não? Confunde-me a idéia de que não esperar é mais seguro, pois o lucro levaria ao êxtase e a frustração, ao mesmo estado do início, simplesmente. Afinal, dormimos porque esperamos acordar amanhã. Ou não? (Angustia) Saber lidar com as frustrações talvez seja a condição para se ter esperança. Mas... maldita condição! Que ser foi preparado pra isso? Esperar por algo me entristece constantemen

Tanta toada eu trago na viola...

Essa semana tive a felicidade de assistir a dois shows maravilhosos: Sá, Rodrix e Guarabyra (CCBB) e Boca Livre (BNDES). E o melhor, o primeiro a R$3 e o segundo a R$0800 (ê, coisa boa...)! Pra quem não conhece, os primeiros pertencem ao chamado "rock rural" e possuem vários sucessos como Dona, Roque Santeiro, Mestre Jonas, Sobradinho, além de diversas colaborações, como a do Rodrix em Casa no Campo. Já o segundo é um grupo vocal que começou ainda na década de 70, responsável por Toada e Quem Tem a Viola. Ambos os shows me emocionaram muito, mas o do Boca Livre de forma um pouquinho mais especial devido a qualidade vocal dos quatro integrantes. O cenário musial possui músicos e cantores maravilhosos, mas que se inserem em um contexto onde há também muita artificialidade. Hoje, "ser cantor" é pra quem quer. Se Maria Bethânia e Aretha Franklin são, Paris Hilton e as "frutas" do funk também se consideram (e são consideradas por alguns - ou até muitos!). Há di

Dia bom

Felicidade em um céu azul, felicidade quando o time ganha, felicidade no alívio, felicidade no encontro. Felicidade na brincadeira, felicidade de um almoço gostoso, felicidade na sobremesa, felicidade em descansar. Felicidade na música, felicidade no canto, felicidade no banho longo, felicidade nos planos. Felicidade em sentir frio, felicidade em conversar, felicidade em palhaçadas, felicidade em forma de notícia. A felicidade vem em pequenas e sutis doses durante o dia. É só não ignorarmos.

A primeira vez...

Chega a ser engraçado começar esse blog. Já foram tantas tentativas, nunca tive coragem de continuar. Este eu crio com um pouco mais de certeza, mas não sei ela vai ser suficiente. Não sou escritora, não me vejo com vocação para isso, mas um tantinho de inveja (branca! Sempre branca...) daqueles que escrevem e que acompanho sempre me instigaram a ter um blog. E de tanta provocação, eis que ele nasce. Enfim, sem pretensões artísticas, filosóficas, sentimentais, críticas etc etc, talvez até seja um pouquinho disso tudo, mas, no fundo, não passará de tolices da minha cabeça. Abraços!