A primeira coisa que chamou sua atenção foi o cheiro de interior. Aroma de terra, mato e tranquilidade, tudo junto, desde a bela estrada de curvas maliciosas, que embalavam seus visitantes. Depois do cheiro, vem a trilha sonora. Um encantador silêncio que tomava seu corpo e alma, mesmo com todos os barulhos das pessoas circulando e dos carros que desafiavam o pouco espaço da cidade. O ritmo lento, a calma com que o sol queimava, como se não tivesse pressa, trazia-lhe o silêncio. E com isso, veio a estranha sensação de lar. Os sorrisos a recebiam em cada porta, assim como o falar demorado, arrastado, esticado, como se tivesse preguiça. As pequenas gentilezas banhavam seu olhar, enquanto ela os observava, como alguém que gostaria de reaprender a ser humano. Um sentimento de nostalgia de algo que não viveu a encontrava em cada esquina de chão de paralelepípedo. Era o passado que desenhava as casas, as lojas, as histórias e as badaladas dos 14 sinos, que levavam a cidade como um maestro le